Renda Variável – BDR

BDR é a sigla para Brazilian Depositary Receipt, e esses ativos têm ganhado destaque no mercado financeiro.

Os BDRs são certificados que representam ações emitidas por empresas estrangeiras, mas que são negociados aqui, na Bolsa de Valores brasileira (a famosa B3). Funciona assim: imagine que você quer investir em ações da Apple, mas não quer lidar diretamente com ações negociadas na bolsa dos Estados Unidos, pois você não tem conta, apta a comprar ações diretamente em dólares, naquela Bolsa. Os BDRs entram em cena como uma alternativa.

Utilizando os BDRs, você não está comprando diretamente as ações da empresa no exterior. Em vez disso, está investindo em títulos representativos desses papéis.
Essas ações existem de fato lá fora e ficam depositadas e bloqueadas em uma instituição financeira que atua como custodiante. A instituição depositária, por sua vez, emite os BDRs no Brasil.
Tipos de BDRs:
Existem dois grupos principais:
BDRs Patrocinados: Nesse caso, a própria empresa estrangeira autoriza a emissão dos BDRs.
BDRs Não Patrocinados: Nesse caso, a emissão ocorre sem a autorização direta da empresa estrangeira. São mais comuns e representam ações de diversas empresas internacionais.
Como investir em BDRs?
Primeiro, a instituição depositária (uma corretora, por exemplo) compra as ações da empresa no exterior e as mantém depositadas em uma conta custodiante.
Em seguida, a instituição depositária registra um programa de distribuição de BDRs junto à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e emite os recibos localmente.
Empresas como Apple, Amazon e Netflix têm BDRs disponíveis para negociação na B3.
Vantagens e Riscos:
Vantagens: Permitem que investidores brasileiros acessem ações de empresas internacionais sem precisar operar diretamente em mercados estrangeiros.
Riscos: Flutuações cambiais, riscos específicos das empresas estrangeiras e volatilidade.
Portanto, se você deseja diversificar sua carteira com ações de empresas globais, os BDRs podem ser uma opção interessante.